Domingo no parque


E eu? Estava a gostar?
Tenho que admitir que, auditivamente, nem por isso. A música, para mim, tem que ter em doses equilibradas ritmo, melodia a harmonia para que me convença. E não era o caso. E se na categoria de jazz cabem muitos tipos e estilos de música e intérpretes, estes não eram do meu agrado.
Mas já me agradava francamente ver toda aquela gente, espalhada neste e noutros relvados em torno do coreto, recostada aos muitos puffs liberalmente dispersos, ou gozando da frescura da relva em contraste com o cálido da tarde estival, a ouvirem e a gostarem.
Pelo menos alguns, que o manifestavam com aplausos no final de cada tema. Porque outros se entretinham a ler, ou a ver por onde andava a prole de bicla ou patins, ou vendo os mais pequenitos a deliciarem-se com a relva nos pezitos descalços, ou indo aproveitar as ofertas de promoção da beberagem.
Porque estes concertos de jazz em tarde de verão acontecerão todos os domingos de Setembro no Jardim da Estrela, pelas 17 horas. São o fim da época estival de promoção de uma marca de bebidas de água com sabores que foram animando alguns dos jardins emblemáticos da capital.
Da bebida não gostei, deste grupo também não. Mas se das águas apaladadas não repetirei, o mesmo não posso dizer dos concertos. Juntar música ao vivo com aquela plateia bonita de se ver com o agradável de um jardim de verão e com a fotografia…
Que melhor domingo pode um fotógrafo desejar?

Texto e imagem: by me

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