Assim que cruzaram o portão do jardim e me viram, nem hesitaram.
Aquele casal em finais de 50’s, princípio de 60’s, acercou-se de mim em passo rápido e sorriso brilhante.
“Boas tardes! Nós queríamos que nos fizesse um retrato!”
Nem tinham falado um com outro! Foi assim, em uníssono e de chofre.
Para mim, que tinha iniciado a tarde havia pouco, era um bom prenuncio. Lá lhes expliquei que à noite iria para a Internet, que era de graça…Aqui a coisa complicou-se! A net não atrapalhava, o preço sim.
Quiseram saber porquê, e eu expliquei. E eles afirmaram que continuavam a querer ser fotografados e levar a fotografia, mas que faziam questão em a pagar. Argumento para cá, resposta para lá… Parecia uma discussão num mercado árabe, mas ao contrário: eu a querer oferecer, eles a quererem pagar!
Mas o seu desejo em quererem o retrato mais a sua determinação em o pagar acabou por me convencer.
Depois do “olha o passarinho” e enquanto o processo interno se desenrolava, explicaram-me o porquê:
Desde que se tinham começado a namorar que se faziam fotografar por todos os “à-lá-minuta” que encontraram. Têm-nas todas desde então e revêem-nas de quando em vez com prazer. Esta seria mais uma.
Enquanto se afastavam em direcção à exposição iam ver - segundo me contaram – lamentei não lhes ter perguntado onde e quando tinham feito a primeira.
Mas, afinal, nem sequer é importante. Espero, antes sim, que depois da minha possam e queiram fazer muitas mais.
Texto: by me
Imagem: me, by a friend
Aquele casal em finais de 50’s, princípio de 60’s, acercou-se de mim em passo rápido e sorriso brilhante.
“Boas tardes! Nós queríamos que nos fizesse um retrato!”
Nem tinham falado um com outro! Foi assim, em uníssono e de chofre.
Para mim, que tinha iniciado a tarde havia pouco, era um bom prenuncio. Lá lhes expliquei que à noite iria para a Internet, que era de graça…Aqui a coisa complicou-se! A net não atrapalhava, o preço sim.
Quiseram saber porquê, e eu expliquei. E eles afirmaram que continuavam a querer ser fotografados e levar a fotografia, mas que faziam questão em a pagar. Argumento para cá, resposta para lá… Parecia uma discussão num mercado árabe, mas ao contrário: eu a querer oferecer, eles a quererem pagar!
Mas o seu desejo em quererem o retrato mais a sua determinação em o pagar acabou por me convencer.
Depois do “olha o passarinho” e enquanto o processo interno se desenrolava, explicaram-me o porquê:
Desde que se tinham começado a namorar que se faziam fotografar por todos os “à-lá-minuta” que encontraram. Têm-nas todas desde então e revêem-nas de quando em vez com prazer. Esta seria mais uma.
Enquanto se afastavam em direcção à exposição iam ver - segundo me contaram – lamentei não lhes ter perguntado onde e quando tinham feito a primeira.
Mas, afinal, nem sequer é importante. Espero, antes sim, que depois da minha possam e queiram fazer muitas mais.
Texto: by me
Imagem: me, by a friend
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