O regresso, após quase dois meses de pausa, até que nem estava a correr mal. As coincidências entre dias de tempo desagradável e dias de folga mantiveram-me afastado do meu projecto “Oldfashion”, o que já me estava a fazer falta.
A dado passo não resisti e, após fazer um retrato habitual e sob pedido, propus uma extra, desta feita com a Pentax. Aquele olhar não me poderia “escapar”!
Enquanto ela sorria e não, mostrando como me tinha afirmado olhares diferentes, não me apercebi da chegada daquele mirone, mais um de entre vários ao longo do dia.
Foi quando elas se afastaram que ouvi a afirmação:
“Então você usa isto como isco para as apanhar!”
Um metro e sessenta e cinco de homem, que vim a saber com mais de setenta anos, meio careca e de óculos discretos, roupa de boa qualidade e corte, com um pequeno emblema da fundação portuguesa de cardiologia na lapela. O seu olhar alternava entre o artefacto e eu mesmo, enquanto o saudava, guardava a SLR e lhe prestava a atenção merecida.
“Onde está o caldeiro com a água? Isto é mesmo só faz-de-conta, não é?”
Começando aqui, a conversa durou mais de uma hora. Fotógrafo de ofício desde muito novo, tinha estado ligado ao exército, às reportagens de eventos sociais e desportivos, periódicos, teatro tal como eu mesmo e organizações governamentais.
Aquilo que foi contando e os equipamentos e métodos que foi descrevendo não davam azo a duvidar da veracidade do que ia enumerando. E o orgulho com que mostrou o livre-trânsito para cerimónias oficiais ligadas à presidência portuguesa da união europeia também não.
Afastou-se quando mais um curioso quis ser fotografado, enquanto que ele mesmo não o quis ser.
Mas duas coisas eu asseguro:
À uma que eu daria bom dinheiro para ter acesso ao seu arquivo fotográfico, em múltiplos formatos e suportes, retratos de situações, gentes e diplomatas nacionais e estrangeiras, registados aqui e ali, em Belém, nas Necessidades, em Queluz…
À outra, juro e garanto que o meu artefacto não é isco nenhum! Funciona mesmo, eu é que não resisto a uns olhos bonitos!
Texto e imagem: by me
A dado passo não resisti e, após fazer um retrato habitual e sob pedido, propus uma extra, desta feita com a Pentax. Aquele olhar não me poderia “escapar”!
Enquanto ela sorria e não, mostrando como me tinha afirmado olhares diferentes, não me apercebi da chegada daquele mirone, mais um de entre vários ao longo do dia.
Foi quando elas se afastaram que ouvi a afirmação:
“Então você usa isto como isco para as apanhar!”
Um metro e sessenta e cinco de homem, que vim a saber com mais de setenta anos, meio careca e de óculos discretos, roupa de boa qualidade e corte, com um pequeno emblema da fundação portuguesa de cardiologia na lapela. O seu olhar alternava entre o artefacto e eu mesmo, enquanto o saudava, guardava a SLR e lhe prestava a atenção merecida.
“Onde está o caldeiro com a água? Isto é mesmo só faz-de-conta, não é?”
Começando aqui, a conversa durou mais de uma hora. Fotógrafo de ofício desde muito novo, tinha estado ligado ao exército, às reportagens de eventos sociais e desportivos, periódicos, teatro tal como eu mesmo e organizações governamentais.
Aquilo que foi contando e os equipamentos e métodos que foi descrevendo não davam azo a duvidar da veracidade do que ia enumerando. E o orgulho com que mostrou o livre-trânsito para cerimónias oficiais ligadas à presidência portuguesa da união europeia também não.
Afastou-se quando mais um curioso quis ser fotografado, enquanto que ele mesmo não o quis ser.
Mas duas coisas eu asseguro:
À uma que eu daria bom dinheiro para ter acesso ao seu arquivo fotográfico, em múltiplos formatos e suportes, retratos de situações, gentes e diplomatas nacionais e estrangeiras, registados aqui e ali, em Belém, nas Necessidades, em Queluz…
À outra, juro e garanto que o meu artefacto não é isco nenhum! Funciona mesmo, eu é que não resisto a uns olhos bonitos!
Texto e imagem: by me
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